Inclusão no mundo do esporte:
Para pessoas PCDS a inclusão no esporte pode vir a significar muito mais que ter uma função na sociedade, o esporte agrega com uma vida saudável, musculatura, coordenação motora, autoestima e bem-estar. Os principais problemas enfrentados pelos atletas são a falta de patrocínio, pouca visibilidade, falta de investimento da parte do governo, muitas vezes o preconceito e a falta de informação torna-se mais um agravante.
Estruturas como o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro ajuda muito na inclusão dos atletas PCDS, com instalações esportivas indoor e outdoor que servem para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em 15 modalidades paralímpicas.
Os esportes inclusivos mais conhecidos estão entre:
Basquete: O Basquete Adaptado surgiu em 1945, e foi adaptado a modalidade convencional utilizando cadeiras de rodas adaptadas. As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico.
Atletismo Adaptado: O Atletismo Paralímpicos tem muitas provas que podem ser praticadas por pessoas com deficiência física, visual ou intelectual. Provas como corridas, saltos, lançamentos e arremessos. Os atletas são divididos de acordo com suas funcionalidades dentre elas (física, visual e intelectual; gêneros: masculino e feminino).
Futebol de 5: Praticado por atletas cegos, ao que tudo indica o Futebol de 5 surgiu na Espanha, por volta da década de 1920. O futebol de 5 é disputado em uma quadra que segue as medidas do futsal, com algumas alterações nas regras tradicionais. Os atletas são vendados para evitar qualquer vantagem dos que apresentem percepção luminosa, com exceção apenas para o goleiro que consegue enxergar normalmente. A partida é composta por dois tempos de 25 minutos cada, com intervalo de 10 minutos. O som dos guizos do interior da bola orienta os jogadores.
Natação: A natação está no programa Paralímpicos desde os Jogos de Roma em 1960. Atletas com deficiência físico-motora, visual e intelectual podem participar. As provas são divididas em classes de acordo com o tipo de deficiência e comprometimento funcional ou visual. Os nadadores competem nas provas de nado livre, costas, peito, borboleta, medley e revezamentos. Assim como a maioria dos esportes, a natação traz inúmeros benefícios para pessoas com deficiência, para aqueles com deficiência física, a movimentação embaixo da água é facilitada, proporcionando relaxamento dos músculos, além da sensação de liberdade e independência. A atividade física também promove ganhos no equilíbrio, postura e coordenação dos praticantes, através de uma maior consciência corporal.
Paraciclismo: O ciclismo paraolímpico, teve seu início na década de 80, marcado por muita velocidade e resistência apesar das limitações dos participantes é um esporte praticado por pessoas com deficiência, a partir do uso de bicicletas e triciclos adaptados para a competição. Os atletas mostram todo o seu potencial, quebram recordes e desmitificam a ideia de que a condição física é uma barreira constante. Os atletas podem competir por meio do ciclismo de estrada e de pista. O Ciclismo de estrada é a corrida de bicicleta contra o tempo, os competidores largam todos juntos para completar 120 km e vence quem cruzar a linha de chegada primeiro. Na modalidade Contrarrelógio, os ciclistas partem um de cada vez para fazer o percurso, o ganhador é aquele que fizer o menor tempo. Também existe a modalidade como o Revezamento por Equipe em que grupos mistos de três atletas do handcycing se revezam para completar um trajeto. Já no Ciclismo de Pista às provas são realizadas em uma pista oval com 250 metros. Na categoria Perseguição, ciclistas oponentes largam um de cada lado do velódromo e percorrem de 3 a 4 km, o atleta que fizer o percurso no menor tempo ou aquele que alcançar o adversário vence. Na categoria coletiva, três ciclistas pedalam um atrás do outro em três voltas na pista, cada atleta lidera uma volta e depois se retira da prova para dar a liderança ao próximo corredor.
Benefícios do esporte na vida das pessoas com deficiência: O esporte agrega muito na vida das pessoas com deficiência, melhorando a autoestima, saúde, bem-estar, e muitas vezes ajudando na socialização, convívio com outras pessoas.
Problemas que essas pessoas enfrentam: Apesar dos inúmeros benefícios que o esporte traz para a vida dessas pessoas, um dos maiores problemas que elas encontram é a falta de visibilidade tanto na mídia, como nas redes sociais, com isso acaba gerando outro problema, a falta de patrocínio que muitas vezes acaba se tornando a maior dificuldade para que essas pessoas continuem vivendo do esporte.
Soluções: Uma das soluções que o governo oferece para os atletas paralímpicos é a Bolsa Atleta, com o objetivo de garantir condições mínimas para “atletas brasileiros de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais”, o governo mantém, desde 2005, um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas do mundo, tanto para atletas olímpicos e paralímpicos.
Medalhas paralímpicas: O que muda são os desenhos e um dispositivo interno que emite sons metálicos, permitindo que atletas com deficiência visual possam identificá-las. As medalhas contam com uma espécie de guizo interno com esferas de aço. A de bronze contém 16 esferas, a de prata 20 e a de ouro 28, o que permite a diferenciação sonora entre elas.