PCDS e mercado de trabalho formal
A inclusão das PCD no mercado de trabalho formal ainda é complexa em pleno século XXI. A marca histórica do preconceito discriminação e estereótipo são negativos para este segmento populacional que luta constantemente por uma vaga de emprego neste mercado altamente competitivo. Hoje o trabalhador precisa ser polivalente, multifuncional e dotado de várias habilidades para conduzir as atividades. Sabe-se que a baixa escolaridade e qualificação das PCD contribuem para que elas permaneçam a margem da sociedade, endossando um quadro de desempregados e subempregados. Nesse viés, as manifestações e lutas para inclusão das PCD no mercado de trabalho é um desafio na atualidade, pois as PCD têm demonstrado para a sociedade que são capazes de exercer suas atividades diárias, demonstrando que a deficiência não é objeto de desqualificação e impedimento.
AÇÕES AFIRMATIVAS: ANALISANDO A LEI DE COTAS N˚ 8213/91
O trabalho é condição fundamental para socialização do ser humano, pois é por meio dele que o homem sobrevive e satisfaz suas necessidades básicas. Contudo, nem todos tem essa oportunidade, principalmente, as PCD que historicamente são invisíveis para sociedade. Apesar da Constituição Federal de 1988 reconhecer que todos somos iguais, o que se observa são práticas discriminatórias, preconceituosas e segregativas com as PCDS. Em face disso, o governo brasileiro implementou ações afirmativas voltadas para as PCD – Lei de Cotas para mitigar a exclusão histórica dessa população. As ações afirmativas “apresentam-se em forma de efetivas medidas de reestruturação implementadas em todos os sistemas sociais, mediante programas e projetos de sensibilização, conscientização e convivência com a diversidade humana, em conjunto com ações de responsabilidade social e empresarial”
CONCLUSÃO
Nos últimos anos, a inclusão das PCD é objeto de discussão na sociedade. O desafio consiste em como incluir essas pessoas diante de um modelo de produção que prega a desigualdade e injusta social? Este estudo demonstra que isso é possível, portanto é mister que a política de cotas seja realmente efetivada, que a empresas empregadoras cumpram as regras e estejam preparadas, para incentivar as demandas das PCD, pois não basta apenas contratar é fundamental oferecer o suporte para que essas pessoas desenvolvam seus trabalhos da melhor forma possível. Assim sendo, a inclusão de PCD no mercado de trabalho e o fortalecimento das ações afirmativas passam a ser um desafio na contemporaneidade. Isto requer antes de tudo, uma sociedade preparada e dotada de uma nova mentalidade que aceite as diferenças, pois não é mais “aceitável” na atualidade práticas de exclusão para e com as PCD. Faz – se necessário que se busque na atualidade práticas inclusivas que venham mitigar a dívida histórica que a sociedade tem com esse segmento populacional que foi constantemente excluído.